Argentina

17 Gualeguaychú, Entre Ríos Uruguai

22/12/2021 - quarta-feira –

Saímos de Fray Bentos, no Uruguai e fomos na direção da Argentina pela Ponte Libertador General San Martin, fizemos a aduana da Argentina sem que nenhum problema tivesse sido registrado, pois estávamos com toda a documentação em ordem.

Em Fray Bentos, gastamos os últimos pesos uruguaios em combustível, para não atravessar a fronteira com moeda Uruguaia. Conclusão, ficamos zerados e também não compramos pesos argentinos em Fray Bentos, erro crasso, pois logo vocês verão o que houve.

Ao cruzar a fronteira e logo em seguida a menos de 100 m um pedágio no valor de 400,00 pesos uruguaios, mas não tínhamos nenhuma moeda, seja argentina, ou seja, uruguaia, e tivemos que nos submeter ao câmbio no pedágio que fez o valor oficial do dólar americano em relação ao peso argentino e assim, tivemos que pagar o absurdo de US$ 33,00 para passar no pedágio. Pedágio de 400,00 pesos uruguaios, saiu por US$ 33,00 dólares americanos. O que nos deixou menos chateados em ter que pagar um pedágio a peso de ouro, foi o visual da ponte que nos levou à Argentina, visual que apagou a tristeza de um pedágio fora do comum.

Seguimos e agora sem chip de operadora argentina. Fomos até a cidade de Gualeguaychú, Entre Ríos Uruguai e lá trocamos dólares americanos por pesos argentinos. E na sequência fomos até a operadora Claro e validamos dois chips em nossos celulares, com crédito inicial para 3 Gb. Daí então fomos procurar um local seguro para dormirmos e achamos um posto da GNC Oil na Ruta 14 no km 55. Lugar seguro e com pessoas muito educadas e prestativas.

Ainda na Ruta 136, logo após o pedágio, indo para Gualeguaychú, vimos um santuário de veneração a Gauchito Gil, tal como exige a tradição de envolvê-los com bandeiras vermelhas cuja cor caracteriza o Partido Autonomista da Província de Corrientes. Certamente encontraremos outros santuários ao longo das Rutas argentinas.

A lenda de Gauchito Gil, dentre várias versões é a seguinte: Antonio Gil teria sido um trabalhador gaúcho rural, adorador de São Morte, que teve um romance com uma viúva endinheirada. O relacionamento o fez ganhar a inimizade dos irmãos da viúva e do chefe de polícia local que havia cortejado a mesma mulher. Dado o perigo, Gil deixou a área e se alistou para a Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870) contra o Paraguai. Em seu regresso, foi recrutado pelo Partido Autonomista para lutar na guerra civil correntina contra o opositor Partido Liberal, porém desertou. Dado que a deserção era um delito, foi capturado, colocado de pé encostado a uma árvore com espinhos e morto com um corte na garganta. Gil disse a seu carrasco que deveria rezar em seu nome pela vida de seu filho, que se encontrava muito doente. O carrasco assim o fez, e seu filho sarou milagrosamente. Ele então deu ao corpo de Gil um enterro apropriado e as pessoas que participaram do féretro construíram um santuário.